Qual a alíquota do Dedo-duro?
Entenda qual é a alíquota do dedo-duro, como funciona esse mecanismo e como evitar complicações com a Receita Federal.
Você já ouviu falar sobre o imposto dedo-duro? Mais do que isso, sabe qual é a alíquota do dedo-duro que incide sobre os seus investimentos? Para os investidores que possuem aplicações em renda variável, compreender o que é imposto dedo-duro é fundamental.
Neste artigo vamos entender como funciona a alíquota do dedo-duro nos diferentes tipos de operação. Confira!
O que é imposto dedo-duro?
Antes de falarmos sobre a alíquota do dedo-duro, é importante compreender exatamente o que é e como funciona esse mecanismo, certo?
Como o nome “dedo-duro” indica, estamos falando de um mecanismo com o papel de “delatar” para a Receita Federal as movimentações realizadas pelos investidores.
O imposto dedo-duro é o nome popular para o Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) feito pelas corretoras de valores sobre os lucros com origem na renda variável. Esse termo surgiu porque esse recolhimento informa para Receita Federal quais foram as movimentações do investidor no mês.
Qual a alíquota do dedo-duro?
Acabamos de ver que o imposto dedo-duro tem o papel de informar para a Receita Federal sobre as operações feitas pelos investidores. Para isso, é aplicada uma pequena alíquota que possui um baixo impacto nos lucros – mas é eficiente para sinalizar ao Fisco a existência da operação.
Veja só qual é a alíquota do dedo-duro:
- No mercado à vista (swing trade), a alíquota do dedo-duro é de 0,005%
- Nas operações de Day Trade, a alíquota do dedo-duro é de 1%
Essas alíquotas são aplicadas pelas corretoras no momento em que o investidor faz o resgate de suas aplicações. Na prática, o imposto dedo-duro funciona como uma antecipação do imposto a ser pago se investidor tiver lucro.
Quais aplicações têm incidência do imposto dedo-duro?
Veja só quais são as aplicações que são influenciadas pelo imposto dedo-duro:
- Ações
- Day trade
- Fundos imobiliários
- ETFs
- Aplicações feitas na Bolsa de Valores de forma geral
É importante ressaltar que somente as operações de day trade possuem uma alíquota do dedo-duro mais alta (1%). Isso ocorre porque a Receita Federal entenda que quem atua neste segmento tem maior potencial para um “ganho fácil”.
O imposto dedo-duro é recolhido em operações sem lucro?
O imposto sobre renda variável é cobrado apenas sobre o lucro das operações, não sobre o montante resgatado. Portanto, quando o investidor não obtém lucro, ele não precisa pagar o imposto dedo-duro.
Além disso, é importante relembrar que as operações de renda variável que não ultrapassam R$ 20 mil por mês são isentas – tanto do imposto dedo-duro quanto do recolhimento de IR feito pelo investidor.
Como se proteger do imposto dedo-duro?
Para os investidores que seguem as normas da Receita Federal e recolhem os impostos devidos, o imposto dedo-duro não representa uma ameaça. Entretanto, é possível adotar algumas medidas para reduzir os riscos:
- Pague mensalmente o DARF sobre os investimentos. A principal e melhor forma de se proteger do imposto dedo-duro é recolher o imposto devido sobre as suas operações em renda variável. Para isso, você deve emitir e pagar mensalmente o DARF (Documento de Arrecadação de Receitas Federais) sobre os ganhos obtidos.
- Guarde a documentação. Mantenha a documentação das suas aplicações bem guardada pelo prazo mínimo de cinco anos – que é o prazo que expiram as dívidas tributárias. Assim, você aumenta sua proteção.
- Organize suas operações com renda variável. Principalmente para investidores com várias aplicações simultâneas, pode ser difícil monitorar todas as operações – e fazer o recolhimento de impostos devidas. Por isso, é importante organizar suas operações e registrar todas as movimentações realizadas.
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Ao longo deste artigo entendemos como funciona a alíquota do dedo-duro e as particularidades desse mecanismo. Mas acompanhar todas as aplicações, calcular os impostos, emitir os DARFs e fazer a declaração anual do Imposto de Renda são procedimentos desafiadores para muitos investidores, não é?
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